O Poema Eterno
>um poeta eterno, esperando o nada
>sou e sempre será eu, o grande escritor com a vida amaldiçoada.
>milhares de anos atrás, eu escrevia a verdade do mundo
>rimando nos meus versos, falando de tudo
>eu era famoso, conhecido por todos
>rimava a verdade, escrevendo bem pouco
>mas nem todos gostavam dessas grandes verdades
>diziam que eu era algo ruim, sempre dizendo "maldades".
>um dia então, descobri algo que não devia ser descoberto
>um livro maldito, que não deveria ter sido aberto
>"escreva um verso, e um desejo terás"
>estava escrito no livro, e eu, tolo, escrevi sem pensar.
>escrevi algo simples, mas com grande valor
>quem me dera poder voltar, e evitar tanta dor
>desejei a eternidade, mas o livro me enganou
>me disse toda a verdade, logo após me amaldiçoou
>surgiu bem embaixo de onde escrevi
>"eternidade você terá, porem não pode mais sentir...
>contando toda a verdade, irá pra sempre rimar
>verso por verso, e nunca descansará"
>vi minha família viver, e também os vi partir
>vi a humanidade em seu auge, mas também os vi deixarem de existir
>tudo então se acabou
>apenas eu, foi o que sobrou
>mas sinto que a verdade está para se esgotar
>e então, finalmente, poderei descansar
>enquanto não acaba, eu fico aqui
>rimando meus versos, no livro sem fim.
>pra que eu escrevo, se não há nenhum leitor?
>já tentei parar, mas isso só me causa dor
>meu livro é infinito, parece uma estrada
>eu olho de longe, e além dele, não vejo mais nada.
>a algum tempo atrás, algo estranho aconteceu
>um som alto e um clarão, não sei como ocorreu
>mas depois disso, não veio mais nada
>me pergunto se é a vida novamente sendo criada
>já se passaram muitos anos desde aquele clarão
>percebi um pequeno ponto brilhando na escura imensidão
>uma estrela talvez?
>quem sabe esteja chegando meu fim de uma vez
>um tempo depois, percebi que não havia nada a temer
>pois era apenas o universo começando a renascer
>comecei então a pensar
>se finalmente meu fim estava para chegar
>pois se tudo havia terminado
>e depois voltou mais uma vez a ser criado
>quais seriam as chances então de eu simplesmente descansar
>e finalmente parar de rimar?
>depois disso, o tempo parecia ter parado
>mas eu tinha certeza, de que em algum lugar a vida havia retornado
>percebo então que eu estava envelhecendo
>algo que não acontecia a muito tempo
>de pouco em pouco, vou virando pó
>e o pó ia caindo, se tornando parte do infinito livro
>tinha certeza que o "eterno" ia acabar
>e eu poderia parar de pensar
>me juntaria a minha eterna família
>que a muito tempo já foi descansar.
>quando a tinta de minha caneta começa a se esgotar
>a minha vida, diante de meus olhos começa a passar
>do nada então surge no livro um recado
>"eterno poeta, você esta dispensado
>mas antes da maldição se acabar
>esconda o livro em algum lugar
>onde algum ser possa encontrar
>e eu mais uma vez, possa minha maldição em alguém lançar"
>reflito comigo mesmo então
>que esse é um ciclo que não posso quebrar
>escondo o livro em um planeta com um grande mar
>e escrevo então minha história no livro para, finalmente, minha família reencontrar
>deixo meu recado então
>para que aquele que ler, possa entender
>a maldição da eternidade, que o fará pra "sempre" viver
>então se você esta lendo isso
>quer dizer que eu finalmente pude descansar
>você encontrou meu eterno poema
>agora sua vida "eterna" irá começar.
>sou e sempre será eu, o grande escritor com a vida amaldiçoada.
>milhares de anos atrás, eu escrevia a verdade do mundo
>rimando nos meus versos, falando de tudo
>eu era famoso, conhecido por todos
>rimava a verdade, escrevendo bem pouco
>mas nem todos gostavam dessas grandes verdades
>diziam que eu era algo ruim, sempre dizendo "maldades".
>um dia então, descobri algo que não devia ser descoberto
>um livro maldito, que não deveria ter sido aberto
>"escreva um verso, e um desejo terás"
>estava escrito no livro, e eu, tolo, escrevi sem pensar.
>escrevi algo simples, mas com grande valor
>quem me dera poder voltar, e evitar tanta dor
>desejei a eternidade, mas o livro me enganou
>me disse toda a verdade, logo após me amaldiçoou
>surgiu bem embaixo de onde escrevi
>"eternidade você terá, porem não pode mais sentir...
>contando toda a verdade, irá pra sempre rimar
>verso por verso, e nunca descansará"
>vi minha família viver, e também os vi partir
>vi a humanidade em seu auge, mas também os vi deixarem de existir
>tudo então se acabou
>apenas eu, foi o que sobrou
>mas sinto que a verdade está para se esgotar
>e então, finalmente, poderei descansar
>enquanto não acaba, eu fico aqui
>rimando meus versos, no livro sem fim.
>pra que eu escrevo, se não há nenhum leitor?
>já tentei parar, mas isso só me causa dor
>meu livro é infinito, parece uma estrada
>eu olho de longe, e além dele, não vejo mais nada.
>a algum tempo atrás, algo estranho aconteceu
>um som alto e um clarão, não sei como ocorreu
>mas depois disso, não veio mais nada
>me pergunto se é a vida novamente sendo criada
>já se passaram muitos anos desde aquele clarão
>percebi um pequeno ponto brilhando na escura imensidão
>uma estrela talvez?
>quem sabe esteja chegando meu fim de uma vez
>um tempo depois, percebi que não havia nada a temer
>pois era apenas o universo começando a renascer
>comecei então a pensar
>se finalmente meu fim estava para chegar
>pois se tudo havia terminado
>e depois voltou mais uma vez a ser criado
>quais seriam as chances então de eu simplesmente descansar
>e finalmente parar de rimar?
>depois disso, o tempo parecia ter parado
>mas eu tinha certeza, de que em algum lugar a vida havia retornado
>percebo então que eu estava envelhecendo
>algo que não acontecia a muito tempo
>de pouco em pouco, vou virando pó
>e o pó ia caindo, se tornando parte do infinito livro
>tinha certeza que o "eterno" ia acabar
>e eu poderia parar de pensar
>me juntaria a minha eterna família
>que a muito tempo já foi descansar.
>quando a tinta de minha caneta começa a se esgotar
>a minha vida, diante de meus olhos começa a passar
>do nada então surge no livro um recado
>"eterno poeta, você esta dispensado
>mas antes da maldição se acabar
>esconda o livro em algum lugar
>onde algum ser possa encontrar
>e eu mais uma vez, possa minha maldição em alguém lançar"
>reflito comigo mesmo então
>que esse é um ciclo que não posso quebrar
>escondo o livro em um planeta com um grande mar
>e escrevo então minha história no livro para, finalmente, minha família reencontrar
>deixo meu recado então
>para que aquele que ler, possa entender
>a maldição da eternidade, que o fará pra "sempre" viver
>então se você esta lendo isso
>quer dizer que eu finalmente pude descansar
>você encontrou meu eterno poema
>agora sua vida "eterna" irá começar.
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